tag:blogger.com,1999:blog-91548670613637734022024-02-06T18:43:06.869-08:00INDECÊNCIA CULTURALO terror da caretice, o culto ao (ahn?) cult !Indecência Culturalhttp://www.blogger.com/profile/09378600086870983459noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-9154867061363773402.post-29192406572810407212011-09-19T10:08:00.000-07:002015-08-04T10:37:39.713-07:00Segundona com Christophe Honoré e seus Hits<div style="text-align: justify;">
Só Débora Castro posta neste blog por mim abandonado, como todos os meus outros blogs e por esta razão peço desculpas (no caso de meus comentários sinceros e talvez até um pouco maldosos tenham feito falta a quem nos lê).</div>
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Acontece que: 1. Estou transformando um conto meu em roteiro (o que não é tão fácil quanto a gente pensa que é - aliás, looooonge disso); </div>
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2. Comprei uma TV LCD, um DVD e um notebook que funciona, razão pela qual a pessoa que vos fala abandonou os livros e só pensa em cinema (muito provavelmente pela adaptação do meu conto para o mundo cinematográfico) e não sai mais do sofá (a não ser para trabalhar, ir ao banheiro e tomar banho, sim, porque, é possível comer assistindo filmes e ainda é possível dormir no sofá, o que no meu caso sempre acaba acontecendo quando meus olhos contra a minha vontade se fecham);</div>
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3. Eu quero fazer o próximo post sobre o <i>Jules et Jim</i> do <i>Truffaut</i>. Explico: não faz muito tempo, ganhei aquele livro que contém o romance e o roteiro adaptado e a decupagem do filme, incluindo comentários do direitor. Então eu estou acabando o romance (para o qual ainda não tenho palavras - FANTÁSTICO) e logo mais vou ler o roteiro/decupagem. Logo depois vou assistir ao filme, provavelmente com o roteiro/decupagem ao meu lado, dando stop em cada sequência (coisa de psicopata que agora ao invés de apenas "curtir/assistir" o filme, fica analisando tudo do filme - ainda não sei se isso é bom ou ruim, mas fazer o quê!!! A pessoa que vos escreve é louca e tem inúmeros toques), o que com certeza vai me custar um bom tempo. Ou seja, meus caros, esta resenha ainda demora um pouco.</div>
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Diante disso, pra não ficar em branco, vou dar um up em algo que já postei num antigo blog meu e aproveitar para falar um pouco sobre um dos meus diretores atuais favoritos - Christophe Honoré. Eu já assisti quase tudo dele, mas como ele está sendo descoberto por estas bandas somente agora, vou dar uma pincelada nos seus hits e falar mesmo de "La belle personne", meu favorito.</div>
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<i>*Les Chanson's D'amour</i> é o que mais tenho escutado falar por aí e acredito que é o que tem sido de certa forma mais cultuado. Confesso que dos hits do Honoré, é o filme que eu menos gosto. Mas bem, acredito ser algo bem pessoal, uma vez que é realmente difícil que eu goste de musicais. E isso piora um pouco quando se é apaixonada, loucamente, platonicamente apaixonada pelo Louis Garrel. Sim, porque é brochante assistir o Louis Garrel cantando canções gays (não sou homofóbica pelamordedeus, mas como hetero, não me sinto atraída por gays - acho que isso é meio óbvio, né?), e cantando desafinadamente - terrivelmente, diga-se de passagem. Enfim, eu gosto do filme porque gosto do Honoré e o filme, apesar de tudo, acompanha seu estilo. E eu não gosto do filme porque é daqueles musicais onde se começa a cantar DO NADA e apesar de serem belas as canções, o Garrel é desafinado e eu não gosto do Garrel gay. De qualquer forma, é um filme lindo, quando assistido de forma imparcial. Nota 7.</div>
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<i>*Ma Mère</i> é, é, é... <i>(suspiros)</i> FANTÁSTICO. É denso, é pesado, é um tema talvez cliché, talvez tabú, enfim, incesto é sempre um pouco de tudo isso, mas acho que acontece muito mais do que a gente imagina (ainda bem que eu não imagino muito). De qualquer forma - olha, eu sou aquele tipo de pessoa que acha o fim da picada essa onda de nudez a toda hora, nudez sem sentido, nudez pra tudo, nudez DESNECESSÁRIA e por esta razão posso dizer com certa propriedade que - apesar de toda a nudez (aliás agradeço por ela, Louis Garrel por favor, viva pelado, a nação agradece), e do tema, a abordagem não é apelativa. E isso é raro. Nota 8,5.</div>
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<i>*Dans Paris</i>. É quase páreo para o <i>La Belle Personne</i> no meu gosto pessoal, apesar de ter um rumo bastante diferente, mais realista, eu diria. A história é focada basicamente no irmão mais velho do Garrel, que está deprimido após um rompimento amoroso. Diante dessa abordagem, temos outras como a do Garrel (garanhão-bem resolvido-te-quero-vem-cá-seu-LYNDO) e o pai de ambos. Não vou falar mais nada porque seria spoiler e enfim, só digo que o filme é muito bem feito e administrado, de forma que não é "entediante", nem "nonsense" como a grande maioria dos filmes franceses - que exigem sim determinados gostos que atingem não muitas pessoas - e isso para um filme francês é difícil. Aliás, esta é uma marca do Honoré, apesar de extremamente francês, ele não é apenas francês - sabe? Nota 9.</div>
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Agora vamos ao meu favorito:</div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline; color: #0000ee;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5654128251502925154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPlq6lUnBvsQSHoQ7r5PwBqGE7SM3t7DAyClu5twYjjeQF0kNudY55A6LLO5Ep3StDFFGfRdC-14P_LYNB9-C8J3atOcIRIIZodtW0SEKFCDTVR_j18ccYGY93fMX2VjlKJIDY8Gha8hfR/s320/belajunie2.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; text-align: center; width: 235px;" /></span></div>
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Pra começo de conversa, eu faço parte da categoria: "Doente por filmes franceses e alucinada por <i>Nouvelle Vague</i>". Fora a paixão pela França, como se fosse o único lugar no mundo fora os 70 metros quadrados do meu apartamento que eu pudesse pertencer.</div>
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Soma-se o fato de ter uma vida influenciada pela cultura pop e considerar o Louis Garrel o homem mais charmoso do mundo. Restou alguma dúvida sobre a razão de gostar tanto do Honoré? - <i>I don't think so</i>.</div>
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Pra quem compartilha dos meus gostos, este filme eu recomendo MUITO. Principalmente pra quem tem um pé, uma perna ou quem sabe, o corpo inteiro no romantismo e tem uma empatia profunda com o trágico do amor e com o que chamam por aí de platônico (já que talvez essa seja uma das únicas, senão a única forma de eternizar um amor). E eu não vou dizer mais nada além de que a cena final deste filme é uma das mais belas cenas finais de filmes com a qual me deparei ao longo da minha estrada cinéfila. Minha única crítica é que (deus! O Honoré gostou da fórmula do <span style="font-style: italic;">Les Chansons D'amour</span> e resolveu colocar uma pitada aqui) existe uma cena musical no filme TOTALMENTE fora de contexto. Mas, TOTALMENTE. <i>Anyway</i>, vamos ignorar este fato.</div>
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Agora momento confessionário: Uma vez, faz uns anos, vi uma garota no Blackmore - um bar de rock em São Paulo que era a encarnação das divas do Hard Rock dos anos 80, era quase uma personagem de desenho - aquele <i>Jem and the Holograms</i>, lembra? Bom, talvez eu seja muito idosa.</div>
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A verdade é que a garota era linda de morrer e eu não conseguia tirar os olhos dela e cheguei a fazer o seguinte comentário: -"Nessa aí eu ia"! Acho que passei a noite apaixonada pela garota, apesar de NUNCA ter tido traços homossexuais na minha personalidade.</div>
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Pois a mesma coisa aconteceu com a protagonista do filme, a "Junie", a Léa Seydoux (adoro fazer a piadinha INFAME "Léa Seduz" HAHAHAHAA - NOT.). Gente! Linda, perfeita. O que é aquilo? Que mulher é aquela? Não é deste mundo. (Recentemente ela participou do "Midnight in Paris", do Woody Allen - ah, mas ela não está mais TÃO). #Léavolteasermorenaediva</div>
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E o Garrelzinho nesta película não preciso nem comentar #FTW. Não tem a nudez do <i>Má Mère</i>, talvez um pouco da cafagestagem do <i>Dans Paris</i>, mas não uma cafagestagem qualquer, é aquele cara culto e lindo, que sabe que é foda, mas ainda assim, um pouco inseguro, romântico e humano above all. Oh God, Marry me. MORRO. Nota: 10.</div>
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(Obs. Quase ia me esquecendo - a trilha sonora. O Honoré, assim como eu, AMA o Nick Drake e a trilha do filme fica por conta do mesmo - EU CHORO!).<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/qAj05YV5hx8?rel=0" width="420"></iframe></div>
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Volto com Jules et Jim, enquanto isso, Dekinha vai entretê-los ;)</div>
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Mwah =*</div>
Tatiana Pinheirohttp://www.blogger.com/profile/12022477017127419013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9154867061363773402.post-77380842100549831152011-08-29T09:08:00.001-07:002011-08-29T09:14:59.309-07:00Para sempre tua, Paula Dip.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMrbzJiPtNsI59anKCjHLfUTQXypdvsPRc_BO5yEQC795pP4Ap8NQVX2td4TyIbxMTqtnEgR1Q9pgVT3gzZgc4L4aKCPHaD9nb1H501wx6Z-FKZTwgvN3wVjDS0rG_EwphpxHvLRgdwU2k/s1600/caio.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 172px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMrbzJiPtNsI59anKCjHLfUTQXypdvsPRc_BO5yEQC795pP4Ap8NQVX2td4TyIbxMTqtnEgR1Q9pgVT3gzZgc4L4aKCPHaD9nb1H501wx6Z-FKZTwgvN3wVjDS0rG_EwphpxHvLRgdwU2k/s320/caio.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5646311893504735666" /></a><div style="text-align: justify;">Primeiramente, gostaria de esclarecer que eu <b>amei</b> o livro, como não poderia deixar de ser. Muitos detalhes do Caio, que para todo bom fã que se preze, é um presente dos deuses. Não queria que acabasse nunca e vira e mexe, estou eu lá, relendo.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Tem relatos de vários amigos dele, cartas, memórias, conversas, enfim, é demais, MESMO, muita informação especial, principalmente para aqueles que como eu, amam o escritor além dos escritos e o sente, de forma esquizofrênica como se fosse seu amigo do peito. Mas numa boa, não achei profissional; ainda mais tendo sido escrito por uma jornalista. </div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Não é uma biografia do Caio, somente. Você compra a biografia do Caio e de quebra ganha a biografia da Paula Dip. E convenhamos, tem alguém aí querendo saber da vida da Paula Dip? <i>Who the hell is Paula Dip</i>? </div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Pois é, Paula Dip foi uma grande amiga do Caio que se aproveitou do sucesso bombástico de sua literatura para forrar o seu bolso com esta biografia e inflar o seu ego de forma a poder contar sua vida, cujo único acontecimento fantástico foi ter conhecido o Caio Fernando Abreu. </div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">#prontofalei</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">(Naja mode on).</div>Tatiana Pinheirohttp://www.blogger.com/profile/12022477017127419013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9154867061363773402.post-3260012161681629702011-08-28T15:41:00.001-07:002011-08-28T15:41:56.295-07:00Tecnologia Revolucionária do Conhecimento<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/FpHDeh1BD1A?rel=0" width="420"></iframe></div>Indecência Culturalhttp://www.blogger.com/profile/09378600086870983459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9154867061363773402.post-52480525942793130682011-08-24T09:40:00.000-07:002011-08-24T09:57:27.204-07:00"Perseguir o sempre, no nunca."<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1SiwDr00kjjtYbSQA4MAKNbscg8md13xVeNQ5lQydzX0oP_l55tdsClSsvdYru_q5TVY19NSzlHaEaV2wC7ZBjb972zD5bhaDgPv06-xlugXI1wVgP54ETLoKZX6j8EsNMqyM0Pltnv6/s1600/a+eleg%25C3%25A2ncia+do+ouri%25C3%25A7o.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 210px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1SiwDr00kjjtYbSQA4MAKNbscg8md13xVeNQ5lQydzX0oP_l55tdsClSsvdYru_q5TVY19NSzlHaEaV2wC7ZBjb972zD5bhaDgPv06-xlugXI1wVgP54ETLoKZX6j8EsNMqyM0Pltnv6/s320/a+eleg%25C3%25A2ncia+do+ouri%25C3%25A7o.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5644463328312137154" /></a><div style="text-align: justify;">Augusto Cury, Zibia Gasparetto, Paulo Coelho, Dalai Lama, Gandhi (...), Deus? Que nada. A mais nova e brilhante escritura da verdadeira auto-ajuda se chama Muriel Barbery. E não se trata de nenhum blá-blá-blá esotérico, meditativo, religioso ou de seguir os dez passos para atingir o sucesso. </div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Ganhei do meu ex-noivo (quando ainda era noivo rs), um livro chamado “A elegância do ouriço” (escrito por Muriel Barbery, escritora FRANCESA por mim totalmente desconhecida, o que não é de se espantar, já que este é o segundo romance dela e ao que soube, o primeiro não possui a mesma excelência do segundo nem de longe), diante do qual ele dizia coisas como “você tem que ler, este livro é você, este livro é você”, enfim.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Na época estava muito absorvida ( beijando, transando, planejando festa de casamento, cozinhando, lavando cuecas, enfim) e não estava numa fase digamos, “literária”, motivo pelo qual eu não o li prontamente. Bom, pra vocês terem uma ideia demorei quase cinco meses para ler a biografia do Caio Fernando Abreu (amor da minha vida), escrita pela Paula Dip (será o livro da pauta qualquer dia). Depois dei de ler o “Rutilos” que eu tinha comprado da Hilda Hilst, na promoção da Livraria Cultura por ínfimos R$13,00. Enfim, findos os livros não lidos aqui em casa, decidi ler “A elegância do ouriço”.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Juro, já tinha começado a escrever aqui no word o meu obituário (hahaha), que seria mais uma dissecação da minha vida, em etapas (infância, juventude, vida adulta, motivo e providências a tomar depois de minha morte), a fim de que, sabe, ninguém ficasse se culpando pelo meu suicídio, coisas do tipo “ah, se eu tivesse feito isso ou aquilo por ela”, ou “ah, se eu não tivesse feito isso ou aquilo pra ela”, enfim, eu só queria deixar bem claro que eu já me encontrava num estado de morte há tempos, onde os pouquíssimos, raríssimos momentos de sutileza e beleza na minha vida não eram capazes de compensar o longo período de marasmo que os procediam.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Só havia uma coisa capaz de salvar a minha vida, uma coisa na qual eu não acredito. Era preciso um verdadeiro milagre.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">E o milagre aconteceu. E o meu milagre foi este livro.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Ex-noivo, só não lhe digo a lá Tony Montana “<i>Say hello to my little friend</i>!” porque afinal de contas, jamais poderei compensá-lo. O que é o fim de um noivado perto de uma leitura destas? Nada de nada.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Muriel Barbery, minha querida, só de saber que existe uma pessoa capaz de escrever o que você escreveu já é motivo suficiente para que eu insista nesta coisa chamada vida.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">“<i>A beleza salvará o mundo</i>”, já escreveu Dostoiévski em um livro – ironicamente – intitulado “O idiota”. Ele estava, assim como eu agora, muito provavelmente, ensandecido. E o que não é a loucura – o bravo parênteses entre a razão e a incompreensão da alma - senão a única possível manifestação de vida?</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;">Leiam.</div><div style="text-align: justify;">
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<br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" >Sinopse:</span></b> O livro tem duas personagens principais (e encantadoras), Renée, concierge de um edifício de luxo em Paris e POBRE e Paloma, uma garota de 13 anos que é moradora do tal edifício, sensibilíssima e inteligentíssima e RYCA. Através das duas, conhecemos vários outros personagens, moradores do prédio e agregados, quase todos eles depreciativos, dignos do esteriótipo “burguês-metido-a-cult-medíocre-chato-vergonha-alheia”. </div><div style="text-align: justify;">No final das tantas, longe de ser piegas, o livro acaba por nos mostrar que a enlevação do ser humano não reside na conta bancária, muito menos no seu vestuário chiquérrimo ou no status social. Reside sim, na coragem de encarar brava e profundamente a feiúra e a beleza – nossas, do mundo – e diante de tudo isso, encontrar um sentido para esta loucura de vida.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" >p.s.</span></b> O filme foi adaptado para o cinema. “Lê Hérrison” ou “O porco espinho”, em português, 2009, de origem francesa, dirigido por Mona Achache. Olha, se eu não tivesse lido o livro antes de assistir o filme, muito provavelmente teria achado o filme muito bom. Mas como não foi o que aconteceu, só tenho uma coisa a dizer: #acheiumamerdadeadaptaçãoprontofalei.</div><div style="text-align: justify;">
<br /></div>Tatiana Pinheirohttp://www.blogger.com/profile/12022477017127419013noreply@blogger.com3